De qualquer forma não são esses os fakes que aguçam a minha curiosidade, mas sim os afetivos. Aqueles que se escondem do que sentem, que não se percebem por inteiro ou que manipulam informações para obter segurança. Há ainda o grupo que é capaz de dizer-se apaixonado por um objeto inanimado desde que isso possa ser vivido como uma espécie de pantomima do irreal.

Do que se escondem ou para quem se mostram senão para seus próprio egos ora dilacerados, ora endurecidos pela imaturidade ou pelo receio do por vir?. Lamento pelos fakes! Lamento por quem se deixa convencer por eles, mas, sobretudo, pela dor que existe sob cada um de seus sorrisos, pelo amor ausente e pela felicidade relegada a uma instância menor.

E a vida desenvolve-se a passos largos. Se quiseres vir será bom, mas deixa as máscaras, esquece o fake emocional, ousa te mostrar da forma que és: fraco e tolo, mas leal contigo mesmo.

Trilha incindental

Você não sabe o que eu sinto

Você não sabe quem eu sou

A gente entrou num labirinto

Eu dancei, você dançou (...)

Agora é tarde, já não tem mais jeito

já não tem saída

No fim das contas, a gente faz de conta

que isso faz parte da vida

(Engenheiros)