TRAVELER2004_national geographics
Persegui teu rastro em meu celular, em meu sonho e também em meu despertar. Retornei tua ligação e tuas mensagens, mas caí na caixa postal. Novo desencontro. Sempre somos assim:os dias passando e continuamos a nos procurar
O que tens encontrado nessas tuas longas caminhadas rumo ao sol? Eu, daqui de minha janela não vejo outra coisa senão a exata planície que existia quando partiste para tua jornada. Só eu mudo! Sinto que envelheço a cada pôr do sol longe de ti. Estar distante de ti é como estar longe de mim mesma ou do que deixamos de viver por impossibilidades que deconheço ou não quero aceitar.
Aceitação e conhecimento caminhos que passei a tecer enquanto entretenho-me em outros mundos e apreendo novos signos, mas de alguma forma bizarra acabo voltando ao teu enigma etéreo: o desejo, nunca o destino, nos colocando frente a frente impedindo os esconderijos e nos privando das reticências. Mas não agora, pois eu também receio.
Por ora, permaneço aqui enquanto te movimentas para não me olhar ao mesmo tempo em que não permites meu afastamento. Sou tua dialética e tu, meu contraponto. Não há como saber se faremos sentido em algum momento ou se haverá aplicabilidade em nossas tantas teorias, mas a pesquisa permanece ávida e a seu tempo: labirintos humanos sendo desvendados!
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia
A vida, assim, jamais cansa
Viver tão só de momentos
Como essas nuvens do céu
É só ganhar, toda a vida,
inexperiência, esperança
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
das outras vezes perdidas,
atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
(Mário Quintana)
Reflexões no ORKUT
Eu leio Caíla