Ela é uma antítese! Um turbilhão, mas em águas paradas: um pouco de tudo e de nada! Quem a conhece sabe que está sendo devorado aos poucos, que a alma está sendo lida e a vida vasculhada pelo simples prazer da descoberta. Não há um controle direto, nem uma atuação sobre isso, mas as conjetcturas que faz formam seus quebra-cabeças particulares: seu maior hobbie.
No mercado, distrai-se por vários minutos a observar os carrinhos de compras das outras pessoas e a construir narrativas internas sobre a vida destes interlocutores silenciosos. Nas ruas, olha pelas janelas e desenha sua cidade de uma forma particular. Não reconhece localidades pelos nomes, mas por fragrâncias ou particularidades.
Teve amigos imaginários até a adolescência e ainda hoje, muitas vezes fala consigo mesma, para dar vazão a grande quantidade de pensamentos que guarda em si. Não anda em grupos, mas agrega pessoas com facilidade. É reservada, mas tem sempre muitas atividades sociais. Não busca status, mas sempre destaca-se de alguma forma. Gosta do simples, mas não se satifaz facilmente. É curiosa, ansiosa, audaz.
Escorpiana com ascendente em aquário, lua em gêmeos. Cabeça no ar, corpo na água. Terra? Cada vez mais distante. Erra muito, envorgonha-se pelo tempo necessário. Com o passar dos anos construiu uma visão acertada de si mesma. Tem cadência própria, conceitos particulares e segue construindo narrativas autênticas por onde passa...
Trilha incidental
Você é tão acostumada A sempre ter razão Você é tão articulada Quando fala não pede atenção O poder de dominar é tentador Eu já não sinto nada Sou todo torpor É tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha E participo do seu jogo, eu participo Não consigo dizer se é bom ou mal Assim como o ar que parece vital Onde quer que eu vá E o que quer que eu faça Sem você não tem graça
(Fogo, Dinho Santa Fé)
Rabiscado por Caila às 6:41 PM
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